sábado, 21 de abril de 2012

A LENDA DA CARIDADE





Diz interessante lenda do Plano Espiritual que, a princípio, no mundo se espalham milhares de grupos humanos, nas extensas povoações da Terra.

O Senhor endereçava incessantes mensagens de paz e bondade às criaturas, entretanto, a maioria de desgarrou no egoísmo e no orgulho.

A crueldade agravava-se, o ódio explodia...

Diligenciando solução ao problema, o Celeste Amigo chamou o Anjo Justiça que entrou, em campo e, de imediato, inventou o sofrimento.

Os culpados passaram a resgatar, os próprios delitos, a preço de enormes padecimentos.

O Senhor aprovou os métodos da Justiça que reconheceu indispensáveis ao equilíbrio da Lei, no entanto, desejava encontrar um caminho menos espinhoso para a transformação dos espíritos sediados na Terra, já que a dor deixava comumente um rescaldo de angústia a gerar novos e pesados conflitos.

O Divino Companheiro solicitou concurso ao Anjo Verdade que estabeleceu, para logo, os princípios da advertência.

Tribunas foram erguidas, por toda parte, e os estudiosos do relacionamento humano começaram a pregar sobre os efeitos doma ledo bem, compelindo os ouvintes à aceitação da realidade.

Ainda assim, conquanto a excelência das lições propagadas repontavam dúvidas em torno dos ensinamentos de virtude, suscitando atrasos altamente prejudiciais aos mecanismos da elevação espiritual.

O Senhor apoiou a execução dos planos ideados pelo Anjo da Verdade, observando que as multidões terrestres não deveriam viver ignorando o próprio destino.

No entanto, a compadecer-se dos homens que necessitavam reforma íntima sem saberem disso, solicitou cooperação do Anjo do Amor, à busca de algum recurso que facilitasse a jornada dos seus tutelados para os Cimos da Vida.

O novo emissário criou a caridade e iniciou-se profunda transubstanciação de valores.

Nem todas as criaturas lhe admitiam o convite e permaneciam, na retaguarda, matriculados ns tarefas da Justiça e da Verdade, das quais hauriam a mudança benemérita, em mais longo prazo, mas todas aquelas criaturas que lhe atenderam as petições, passaram a ver e auxiliar doentes p obsessos, paralíticos e mutilados, cegos e infelizes, os largados à rua e os sem ninguém.

O contato recíproco gerou precioso câmbio espiritual.

Quantos conduziam alimento e agasalho, carinho e remédio para os companheiros infortunados recebiam deles, em troca, os dons da paciência e da compreensão, da tolerância e da humildade e, sem maiores obstáculos, descobriram a estrada para a convivência com os Céus.

O Senhor louvou a caridade, nela reconhecendo o mais importante processo de orientação e sublimação, a benefício de quantos usufruem a escola da Terra.

Desde então, funcionam, no mundo, o sofrimento, podando as arestas dos companheiros revoltados: a doutrinação informando aos espíritos indecisos quanto às melhores sendas de ascensão às Bênçãos Divinas; e a caridade iluminando a quantos consagram ao amor pelos semelhantes, redimindo sentimentos e elevando almas, porque, acima de todas as forças que renovam os rumos da criatura, nos caminhos, humanos, a caridade é a mais vigorosa, perante Deus, porque é a única que atravessa as barreiras da inteligência e alcança os domínios do coração.

Médium: Chico Xavier Autor: Meimei

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ser espírita



Ser espírita não é ser algum religioso; é ser cristão. 
Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera. 
Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade. 
Não é superar o próximo; é superar a si mesmo. 
Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno. 
Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição. 
Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.
Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.
Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.
Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.
O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença. 
Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus. 
Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente. 
Anormal é não ser bom. 
Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura. 
Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante. 
Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber". 
Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre. 
Isto é ser espírita. Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre. 

Do Livro "Aprendendo a lidar com as crises".

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Reflexão

ANIVERSÁRIO DO "O LIVRO DOS ESPÍRITOS"




O Livro dos Espíritos (Le Livre des Esprits) é o primeiro livro sobre a doutrina espírita publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, cujo pseudônimo é Allan Kardec.
O livro chama-se “O livro dos Espíritos” porque o conteúdo pertence aos “Espíritos”. Allan Kardec apenas formulou as perguntas, mas as respostas foram dadas pelos Espíritos através da mediunidade de várias jovens médiuns. As médiuns que serviram a esse trabalho foram inicialmente Caroline e Julie Boudin (respectivamente, 16 e 14 anos à época), às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (18 anos à época) no processo de revisão do livro. O primeiro esboço continha 501 perguntas e respostas e foi submetido a comparação com as comunicações obtidas por outros médiuns franceses, totalizando em "mais de dez", nas palavras de Kardec, o número de médiuns cujos textos psicografados contribuíram para a estruturação de O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, no Palais Royal, na capital francesa. Só a partir da segunda edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas, aparecem as atuais 1018 perguntas e respostas.
A curiosidade sobre o assunto foi aumentando. Por isso, nasceram as outras obras da codificação a partir de O Livro dos Espíritos que está dividido em quatro partes: 1ª –DAS CAUSAS PRIMÁRIAS, 2ª – DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITAS, 3ª – DAS CAUSAS MORAIS e 4ª – DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES. Cada parte virou um novo livro. Vejamos:


1ª PARTE : DAS CAUSAS PRIMÁRIAS: deu origem ao 5º livro "A GÊNESE" (1868).


2ª PARTE: DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITOS: deu origem ao 2º livro "O LIVRO DOS MÉDIUNS" (1861).

3ª PARTE: DAS CAUSAS MORAIS: deu origem ao 3º livro "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” (1864).

4ª PARTE: DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES: deu origem ao 4º livro "O CÉU E O INFERNO” (1865).



Fonte:

Decisão do STF sobre aborto de anencéfalo



O Supremo Tribunal Federal, em sessão concluída no dia 12 de abril, aprovou a liberação do aborto para casos de fetos anencefálicos. Uma comissão integrada por dirigentes da Federação Espírita Brasileira, Associação Médico Espírita do Brasil e Associação dos Juristas Espíritas do Brasil, visitou o gabinete de todos os ministros do STF nos dias 9 e 10 de abril, levando um Memorial contendo argumentações jurídicas, médicas e espíritas em defesa da vida, e acompanhou a citada Sessão Plenária. Independentemente da decisão do STF, informamos que prossegue o trabalho educativo, no sentido de se valorizar a vida em todas suas etapas, e de esclarecimento a respeito das leis que emanam do Criador e regem a nossa vida, procurando contribuir com o aperfeiçoamento moral e espiritual da população.

                                        Brasília, 13 de abril de 2012

Federação Espírita Brasileira, Associação Médico Espírita do Brasil e Associação Jurídico Espírita do Brasil.
 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Psicografia de Joana de Angelis sobre os Anencéfalos



Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.

De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.

O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.

Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.

Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.

Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.

Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.

Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.

Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.

Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...

Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio..

Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...

Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.

É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.

Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.

Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.

Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…

Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.

Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...

Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.

Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.

Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.

Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.

...E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.

Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...

A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.

As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.

Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?

O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…

Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.

Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?

Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.

Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

 Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2012, quando o Supremo Tribunal de Justiça, estudava a questão do aborto do anencéfalo, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.