Quando jovens, normalmente somos
idealistas e com facilidade nos vinculamos a determinadas causas.
Não foi diferente com aquele rapaz que
conheceu a Doutrina Espírita, passando a estudá-la com ardor. Mergulhando nas
páginas do Evangelho, apaixonou-se por Jesus.
Na sua ardência juvenil, desejou servir
ao Cristo com todas as forças do seu coração. Mais do que isso, ele queria
morrer pela causa do cristianismo.
Ser cristão como os primitivos cristãos.
Desejava ser perseguido como foram os apóstolos e os discípulos de Jesus. Quem
sabe poderia ir para um país onde houvesse perseguição religiosa e pena de
morte.
Poderia ser preso, torturado e, por fim,
morto.
Era o que ele desejava: morrer por amor
a Jesus, pela causa da verdade.
Recordava o heroísmo do Apóstolo Pedro
sendo crucificado de cabeça para baixo. De Paulo de Tarso sendo açoitado,
apedrejado e decapitado, por amor ao Mestre.
Lembrava, enfim, dos testemunhos de
todos aqueles cristãos que se deixaram matar, não se permitindo abandonar o
ideal.
Certo dia, durante suas orações, ouviu
um mensageiro dos céus que lhe falava:
Filho, você deseja mesmo morrer por
Jesus?
Sim, é claro. Falou ele.
Pois então eu vou levar a Jesus o seu
pedido e depois lhe trarei a resposta.
Nos dias seguintes, o jovem não cabia em
si de tanta ansiedade. Quando viria a resposta?
Foi durante a oração de uma das noites,
que a voz se fez ouvir outra vez:
Filho, levei o seu pedido a Jesus e
venho lhe dizer que Ele aceitou.
Quer dizer, foi dizendo afoito o jovem, que eu
vou morrer por amor a Jesus?
Sim, filho, mas não de repente. Você irá
morrer devagarinho, um pouco a cada dia. Jesus pede que você atenda seu
próximo, sirva aos seus irmãos, se torne um apóstolo do amor na Terra.
E, por amor a Ele, por amor à verdade
que Ele veio ensinar, morra um pouquinho todas as vezes que a calúnia alcançar
o seu caminho, que as pedras da incompreensão o atingirem.
Então, o jovem passou a dedicar sua vida
a servir ao próximo, esquecendo-se de si mesmo, dos seus próprios anseios.
Aos setenta anos de idade, ele pedia a
Jesus que lhe permitisse viver no corpo um pouco mais, pois reconhecia o muito
por fazer pelos filhos do Calvário, que andam sobre a Terra.
* * *
O verdadeiro seguidor de Jesus faz o bem
pelo bem, sem esperar paga alguma. Retribui o mal com o bem, toma a defesa do
fraco contra o forte e sacrifica sempre os seus interesses à justiça.
Quem segue a Jesus encontra satisfação
nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer os outros
felizes, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que dá aos aflitos.
Seu primeiro impulso é pensar nos
outros, antes de si. É cuidar dos interesses alheios antes de atender aos seus
próprios.
Redação do Momento Espírita, com base em fato da
vida de
Divaldo Pereira Franco e no item 3 do cap. XVII, do livro O evangelho
segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 6.7.2012.
Divaldo Pereira Franco e no item 3 do cap. XVII, do livro O evangelho
segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 6.7.2012.
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