"Livra-nos do mal, porque teu é o
reino, o poder e a glória para sempre. Assim seja."
O Senhor livrar-nos-á do mal; entretanto, é preciso que
desejemos não errar.
Que dizer de um homem que pedisse socorro contra o incêndio
lançando gasolina à fogueira?
O reino da vida, com todas as suas
notas de grandeza, pertence a Deus.
Todo o poder e toda a
glória do Universo, todos os recursos e todas as possibilidades da existência
são da Providência Divina, mas, em nosso círculo de ação, a vontade é nossa.
Se não ligamos nossos
desejos à Lei do Bem, que procedo do Céu, representando para nós a vontade
paterna de nosso Pai Celeste, não podemos aguardar harmonia e contentamento para
o nosso coração.
Nas sombras do egoísmo,
estaremos sozinhos, aflitos, perturbados e desalentados, porque egoísmo quer
dizer felicidade somente para nós, contra a felicidade dos outros.
Deus permitiu que a vontade
fosse um patrimônio propriamente nosso, a fim de que possamos adquirir a
liberdade e a grandeza, o amor e a sabedoria, por nós mesmos, como filhos de
sua infinita bondade.
Por isso, se somos escravos
das nossas criações que, por vezes, gastamos muito tempo a retificar,
continuamos sempre livres para desejar e imaginar.
E sabemos que qualquer
serviço ou realização começa em nossos sentimentos e pensamentos.
Saibamos, desse modo,
conservar a nossa vontade à luz da consciência reta, porque, rogando a Deus que
nos liberte do mal, é preciso, por nossa vez, procurar o caminho do bem.
Fonte: Livro Pão Nosso - Chico Xavier/Memei
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